Nos dias de hoje, a tecnologia se tornou uma parte indispensável da nossa vida cotidiana. Com a pandemia de COVID-19, ficou ainda mais evidente a importância dos dispositivos eletrônicos e da internet para a realização de atividades cotidianas. No entanto, nem todos têm acesso a esses recursos, o que resultou no surgimento dos chamados "indigentes digitais".
Os indigentes digitais são pessoas que não têm acesso a dispositivos informáticos e/ou à internet, e que estão ficando sem acesso a serviços públicos e privados básicos. Eles estão excluídos de uma série de oportunidades que a tecnologia pode oferecer, como acesso à informação, a possibilidade de trabalhar em casa, a realização de pagamentos e a obtenção de serviços on-line.
Esta exclusão digital é particularmente problemática para os mais vulneráveis da sociedade, como os idosos, pessoas com deficiência e famílias de baixa renda. Esses grupos podem ter mais dificuldade em utilizar a tecnologia ou podem não ter os recursos financeiros necessários para comprá-la. Como resultado, eles são deixados para trás em relação aos serviços essenciais que a tecnologia pode oferecer.
Além disso, a exclusão digital pode aumentar a desigualdade social e econômica. Aqueles que têm acesso a tecnologia e à internet têm uma vantagem significativa em termos de emprego, educação e desenvolvimento pessoal. A falta de acesso à tecnologia pode limitar as oportunidades de emprego e reduzir a produtividade dos trabalhadores, dificultando a sua ascensão social e econômica.
Para enfrentar esse problema, é necessário que as políticas públicas garantam o acesso à tecnologia e à internet como direitos fundamentais. É necessário que haja políticas específicas para a inclusão digital, com investimentos em infraestrutura, capacitação e programas de incentivo à adoção de tecnologias.
As empresas também podem desempenhar um papel importante na redução da exclusão digital, oferecendo programas de financiamento, descontos e suporte técnico para a aquisição de dispositivos e serviços digitais.
Além de garantir o acesso à tecnologia e à internet, é importante que o
governo regulamente a adoção de tecnologias de forma a não excluir
pessoas que não têm acesso a esses recursos. Isso significa que os
serviços públicos e privados devem ser projetados de forma a garantir
que as pessoas que não têm acesso à tecnologia ainda possam acessá-los
de outras formas, como por meio de atendimento presencial ou por
telefone.
Por fim, é necessário que haja uma conscientização sobre a importância da inclusão digital. Precisamos reconhecer que o acesso à tecnologia e à internet é essencial para uma sociedade mais justa e igualitária. Somente através de um esforço conjunto e de políticas públicas adequadas podemos garantir que os indigentes digitais não sejam deixados para trás.